março 28, 2005

mais uma dia mundial do teatro mais um dia

«Nós não podemos saber se o teatro hoje é ainda necessário.(...) Toda a gente repete a mesma questão teórica: o teatro é necessário?

Se todos os teatros fossem fechados num mesmo dia, uma grande parte da população não se daria conta disso senão algumas semanas mais tarde, mas se fossem os cinemas e a televisão a terem sido eliminados, logo no dia seguinte a população inteira entraria em efervescência.(...)

Na nossa época, em que todas as línguas se confundem, em que todos os géneros estéticos se penetram, a morte ameaça o teatro desde que o filme e a televisão invadiram o seu domínio.

Isso conduz-nos a examinar a natureza do teatro, a ver no que ele difere das outras formas de arte e o que o torna insubstituível. (...)

O teatro tem de reconhecer os seus limites.»



Grotowski, actor e teórico polaco

5 Comments:

Blogger polegar said...

eu faço parte daquele pequeno grupo a quem faltaria o ar e vontade de continuar...
obrigada pela força ;)

1:24 da tarde  
Blogger Luís Filipe C.T.Coutinho said...

O teatro é necessário. O teatro é e será sempre um príncipio, não um final.Um príncipio enquanto forma singular de expressão e compreensão de uma realidade envolvente que é a da sociedade. Permite-me reformular a questão?
Como poderá ser o teatro mais útil à sociedade?

abraço

4:26 da tarde  
Blogger JPN said...

por acaso vim a coimbra, acompanhar o fungágá e o picasso e einstein. mas logo que volte ou será melhor dizer, logo que me lembre voltarei para comentar esta ideia, que dá pano para as mangas de cena...abraço

10:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

mas o teatro tem vindo a fechar e ninguem tem feito nada por isso. talvez nao haja um dia em que ele acabe, mas um dia em que ele não existirá.

7:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

a questão é de facto o teatro reconhecer os seus limites. Não se trata de por em causa a sua necessidade, nem o seu lugar na sociedade, mas de saber valoriza-lo, saber faze-lo crescer, porque enquanto for apenas um exercicio d vaidade de nos para nos, em que o publico apenas assiste impavido ou adormecido e anestesiado na sensaçao de estar a cumprir um dever social, então o teatro ja esuqeceu o seu lugar, deixou-nos adormecer impavidos e serenos...

12:19 da manhã  

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