abril 09, 2005

ARREBATADOR

"Há cinco anos que vivo de ti, que és o único ar que posso respirar, que levo o tempo à tua espera, a julgar-te morto quando te demoras, a morrer porque te julgo morto, a reviver quando entras e te vejo, a morrer com medo de partires. Neste momento, respiro porque tu me falas. O meu sonho, afinal, não é assim tão falso; se desligares agora, morrerei afogada naquele mar que parecia o teu apartamento"



A Voz Humana, Jean Cocteau

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

até que a velocidade da paixão se torna a tal ponto alucinante que as sucessivas mortes de espera e reencontro, vão moendo, até que já só uma sombra de nós espera pelo outro, na esperança que nunca mais parta para que não nos estilhace um pouco mais, para que o proximo tempo de espera nao seja mais um reencontrar e reconstruir de todos os estilhaços de nós.

6:24 da tarde  

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