TUMORES
Ainda a propósito do dia da mãe:
Comecei a escrever de livre e espontânea vontade Tumores (peça de teatro) durante o período em que acompanhei a minha mãe no tratamento de Radioterapia e Quimioterapia no Instituto Português de Oncologia (IPO).
Quase todos os dias, quando nos aproximávamos da entrada do IPO, eu tinha o cuidado de a abraçar, sentíamos que entrávamos na antecâmara da morte.
Nessa altura recebi um convite para escrever um texto breve.
O desafio era engraçado: três personagens, escuridão e mais nada.
Iniciei uma busca sobre o que me interessava falar.
Estabeleci algumas regras sobre o que não queria escrever, do género, piada fácil: apagar velas, desligar interruptores, procurar a luz ao fundo do túnel.
Fiz uma tempestade de ideias e o disparate trouxe-me uma ou duas coisas felizes a que me agarrei.
O espectáculo estreou no dia 10 de Maio de 2003.
Foi bonito, mas o meu texto soube a esboço.
Alguém há-de diagnosticar o mal que nos há-de salvar.
A minha mãe continua viva.
"Morrem nove pessoas por dia em Portugal vítimas de cancro do cólon, sendo esta a primeira causa de morte por tumor maligno. Mais de três mil doentes morrem todos os anos, mas, mesmo assim, não há no país um programa nacional de rastreio e prevenção."
De acordo com Sociedade Portuguesa de Endoscopia
Comecei a escrever de livre e espontânea vontade Tumores (peça de teatro) durante o período em que acompanhei a minha mãe no tratamento de Radioterapia e Quimioterapia no Instituto Português de Oncologia (IPO).
Quase todos os dias, quando nos aproximávamos da entrada do IPO, eu tinha o cuidado de a abraçar, sentíamos que entrávamos na antecâmara da morte.
Nessa altura recebi um convite para escrever um texto breve.
O desafio era engraçado: três personagens, escuridão e mais nada.
Iniciei uma busca sobre o que me interessava falar.
Estabeleci algumas regras sobre o que não queria escrever, do género, piada fácil: apagar velas, desligar interruptores, procurar a luz ao fundo do túnel.
Fiz uma tempestade de ideias e o disparate trouxe-me uma ou duas coisas felizes a que me agarrei.
O espectáculo estreou no dia 10 de Maio de 2003.
Foi bonito, mas o meu texto soube a esboço.
Alguém há-de diagnosticar o mal que nos há-de salvar.
A minha mãe continua viva.
"Morrem nove pessoas por dia em Portugal vítimas de cancro do cólon, sendo esta a primeira causa de morte por tumor maligno. Mais de três mil doentes morrem todos os anos, mas, mesmo assim, não há no país um programa nacional de rastreio e prevenção."
De acordo com Sociedade Portuguesa de Endoscopia
7 Comments:
O meu pai morreu de cancro.Também eu escrevi uma peça sobre a escuridão nessa altura.Tenho-a comigo e terei sempre. Não sei porque te digo isto... desabafo talvez...solidariedade do momento... enfim.
Um Viva à tua mãe.
Um abraço para ti.
a elsa, irmã da sofy susana, está internada no IPO. se calhar podias passar pelo blog dela... e dar-lhe um bocadinho de força...?
Tão duro.
Tão tão duro.
E ter de ser tão forte.
agradeço o apoio no sempre inocentes... é sempre doloroso e, de facto, parece que o mundo vai acabar... às escuras. agora que ela está melhor a luz voltou a ser uma constante!
Quanto ao local, não é no IPO (ai inês!) mas no serviço de hematologia do Hospital dos Capuchos. Espero que por pouco tempo...
como imaginas, tenho muita curiosidade, gostava de ler esse texto, já que não tive oportunidade de ver a peça em cena... sabes o meu mail, se quiseres...? beijo
desculpa, susana. lapso imperdoável! sei que sabes que a intenção foi boa ;)
quanto ao texto, tb eu gostava de dar uma olhadela... porque é que não o vais publicando por aqui?
inês
Também gostava muito de ler o texto... E gostava de ver a peça. Já não está em exibição? ***
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